Imagina chegar a um pronto-socorro e ser atendido em minutos, com IA ajudando os médicos a decidir mais rápido, reduzir erro e liberar leito sem travar o sistema. Parece ficção, mas é justamente esse o plano por trás do primeiro hospital inteligente com IA do SUS que acaba de dar um passo decisivo no Brasil
O Senado Federal autorizou um empréstimo de US$ 320 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) junto ao New Development Bank (o banco dos BRICS) para construir o Instituto Tecnológico de Emergência no Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo. A previsão é que a unidade comece a funcionar em 2029, totalmente digital, usando inteligência artificial, big data, telemedicina e sistemas integrados para cuidar de casos graves e complexos.
Os números mostram o tamanho da aposta: a estrutura foi desenhada para atender, por ano, 180 mil pacientes de emergência e terapia intensiva, 10 mil casos de neurologia e neurocirurgia e 60 mil consultas ambulatoriais de neurologia. A meta do Ministério da Saúde é reduzir em 25% o tempo médio de espera na emergência, saindo de cerca de 120 minutos para algo em torno de 90 minutos, além de encurtar o tempo de internação na UTI e na enfermaria. Tudo isso conectado a uma rede nacional de UTIs e serviços inteligentes, que deve receber, ao todo, cerca de R$ 4,5 bilhões em investimentos.
Na prática, estamos falando de um hospital que nasce pensado para fluxo digital desde a porta de entrada: monitoramento em tempo real, sistemas que antecipam agravamento de quadro, apoio à decisão clínica e integração de dados entre equipes e regiões diferentes. A ideia é tratar cada paciente com mais previsibilidade e menos improviso – e, ao mesmo tempo, transformar o local em polo de pesquisa, ensino e desenvolvimento em saúde digital dentro do SUS.
Se esse tipo de avanço em tecnologia e saúde pública faz sentido para você, vale acompanhar de perto esse projeto. Ele mostra como IA, infraestrutura pesada e política pública podem se encontrar para criar algo que impacta diretamente fila, leito e tempo de espera de quem depende do sistema público. E aqui no Olhartek você não vê só o anúncio: vê o contexto por trás dos bilhões que estão sendo investidos 
Fonte: Metrópoles e Ministério da Saúde (Rede de Hospitais e Serviços Inteligentes do SUS e financiamento com o Banco do BRICS).
Nenhum comentário:
Postar um comentário