Um estudo conduzido por pesquisadores da USP em parceria com a Unifesp trouxe uma das confirmações mais simbólicas dos últimos anos: a energia emitida pelas mãos humanas possui efeitos mensuráveis sobre o corpo físico. Não se trata apenas de crença, emoção ou sugestão psicológica, mas de respostas biológicas observáveis. Inspirada em práticas ancestrais como o Johrei e o passe magnético do Espiritismo, a pesquisa resgata um saber antigo que, por séculos, habitou o campo da fé e agora começa a ganhar linguagem científica.
O interesse pelo tema teve início no ano 2000, quando o pesquisador Ricardo Monezi, da Unifesp, decidiu investigar a imposição de mãos após atravessar, ainda jovem, uma profunda crise depressiva. A vivência pessoal despertou o desejo de compreender, com método e rigor, se a energia humana poderia interferir de forma concreta nos processos de cura e equilíbrio do organismo.
Durante o mestrado, os experimentos envolveram camundongos com tumores. Os resultados chamaram atenção: os animais que receberam a energia das mãos apresentaram aumento na atividade das células de defesa e redução no crescimento tumoral. No doutorado, os estudos avançaram para seres humanos, avaliando impactos sobre estresse, ansiedade e sintomas depressivos em idosos. Os dados foram consistentes, houve melhora do bem-estar e redução de marcadores fisiológicos ligados à tensão.
Atualmente, as pesquisas se expandem para compreender práticas como Reiki, Qi Gong e outras terapias energéticas. Aos poucos, a ciência começa a decifrar o que tradições antigas sempre intuíam: o corpo humano é um campo eletromagnético vivo, capaz de emitir e receber frequências sutis que dialogam com a matéria e com a consciência.
De templos egípcios a centros espíritas, de mosteiros orientais a hospitais modernos, a imposição de mãos permanece como uma ponte entre ciência e transcendência. O que antes era tratado como mistério passa a ser observado como fenômeno, um encontro silencioso entre biologia, intenção e espírito.
A mensagem que emerge é clara: somos condutores de energia vital. As mãos, quando guiadas pelo cuidado e pela intenção, tornam-se instrumentos de equilíbrio. A cura não vem apenas de fora, ela começa quando a energia do amor encontra direção e propósito.

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