25 de dezembro não é só festa. É uma dobra de luz no tempo, a madrugada em que o céu visita a Terra com mais delicadeza e mais peso. A memória do Cristo não mora em presépio, mora em frequência: quando essa data chega, ela atravessa paredes, toca consciências e acorda promessas que você fez em silêncio, no fundo das noites difíceis.
O Natal é a linguagem do recomeço. Jesus renasce onde há coragem de amansar o orgulho, onde alguém pede perdão sem exigir aplauso, onde um coração cansado decide não desistir. Por isso, hoje, o invisível trabalha: mentores sustentam, intuições acendem, encontros se rearranjam. Você pode sentir sem entender, como quem percebe perfume antes de ver a flor.
Há uma corrente de misericórdia passando por cima das culpas antigas. Não para fingir que nada aconteceu, mas para te devolver dignidade. O que parecia atraso era proteção. O que parecia perda era poda. E agora a vida começa a devolver, uma por uma, as respostas que você achou que não viriam.
Se você passou meses lutando por dentro, saiba: o Alto viu. E quando a luz decide entrar, ela não pergunta se a casa está perfeita, ela apenas pede espaço. Um espaço de fé, de gratidão, de verdade. Um espaço onde você aceite ser cuidado e onde pare de se punir pelo que já aprendeu.
Faça um pedido simples, sem teatro: “Senhor, renasce em mim.” Depois, respire como quem recebe. O Natal não promete ausência de provas, promete presença. E a presença do Cristo muda o rumo de tudo.
Que nesta noite algo se destrave: uma paz que chega primeiro, uma notícia que abre caminho, uma mão que ajuda, uma porta que cede. Você vai se surpreender. O céu sabe o seu endereço. E se a saudade apertar, lembre: Ele nasce também na ausência, transformando lágrima em semente e medo em caminho. Hoje, receba sem se explicar.
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